PALÁCIO do CONDE do BOLHÃO
mas quem era este homem?
Uma
das grandes fortunas do Porto do seu tempo.
Nobilitado
em 1851, com o título de barão, depois em 1855, tornado conde, recebeu no seu
palacete na Rua Formosa a rainha D. Maria II e o seu séquito.
Alguns
disseram que foi por causa disso que foi tornado conde.
Casado
com Fausta do Vale Pereira Cabral, filha de Constantino Cabral, patriarca de
outra grande família do Porto.
A
vida do conde mudou radicalmente, foi acusada de fazer moeda falsa e a mulher
encetou uma acção de divórcio por maus tratos e infidelidade.
O
conde ainda tentou arranjar um emprego a Camilo, moeda de troca pelo apoio do
romancista? Mas tal nunca veio a acontecer.
Camilo
arranjou nos irmãos Sousa Guedes, uns inimigos jurados pelo motivo de estes
serem sobrinhos da mulher de António Guimarães, como já contamos estes fizeram
uma espera a Camilo, racharam-lhe a cabeça e este desferiu um tiro, quase
mortal, num dos irmãos.
Por
causa das dívidas o conde teve que entregar o palácio ao seu credor principal,
o conde de Fragoselas (José Pereira de Loureiro), depois esteve lá instalado o comerciante, editor e homem da
fotografia, Emílio Biel que veio a falecera aqui em 1915.
Posteriormente
esteve aqui sediada a Litografia do Bolhão e recentemente, depois de uma
degradação de vários anos, o imóvel foi recuperado pela Câmara Municipal do
Porto e entregue à ACE (Academia Contemporânea do Espectáculo- Escola de Artes)
em sistema de comodato, para esta poder aqui instalar as suas escolas de teatro
e a sua companhia.
Segundo
Aquilino Ribeiro, o Conde do Bolhão é o Barão de Brios no romance, “Homem de
Brios.
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