A Quinta do Covelo
“Foi
n’este mesmo dia [16 de Setembro de 1832] que se lançou fogo á bella casa e
ermida da quinta do Covello, para não servir de abrigo ao inimigo…”, diz Luz
Soriano, historiador do Cerco do Porto.
A quinta foi fundada por
volta de 1720 pelo fidalgo da Casa Real Pais de Andrade que lhe deu o nome de
Quinta do Lindo Vale e depois Quinta da Bela Vista. A propriedade foi herdada
por duas filhas e depois vendida ao comerciante Manuel José do Covelo. Este
melhorou-a bastante, “chegando a produzir 40 pipas de vinho, além de muitos
carros de cereal”, escreveu Horácio Marçal. A quinta, com 90.000 m2, tinha
residência e capela anexa e passou a ser conhecida pelo nome de Covelo, do seu
proprietário. Este faleceu por volta de 1829. Sucederam-lhe na posse da
propriedade Manuel Pereira da Rocha Paranhos e depois o filho António Paranhos
que a doou para a construção de um hospital que nunca chegou a ser construído.
Entretanto, um filho, Isidro António Pereira da Rocha Paranhos, conseguiu, em
processo judicial que deu muito que falar, que lhe fossem atribuídos 54% da
quinta que veio a vender à Câmara Municipal do Porto. O restante é propriedade
do Ministério da Saúde.
No entanto tem sido a
Câmara do Porto a gerir praticamente a totalidade do espaço.
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