Palacete que pertenceu ao capitalista António Júlio Machado (a mulher Maria Augusta era a Condessa
de Netancur). Ardeu, diz-se que por causa de um descuido de uma empregada, que deixou distraidamente um ferro em brasa em cima de uma tábua.
No seu lugar construí-se o edifício que alberga o " Bingo do Boavista", gaveto da Avenida da Boavista com a Rua de Belos Ares, onde durante muitos anos, até ao seu recente falecimento, viveu o professor Óscar Lopes.
A avenida da Boavista começou a ser projectada em 1854,
como o comprova a planta, desse ano, de Joaquim da Costa Lima Júnior, a sua
conclusão duraria quase um século, uma vez que foi em 1917 que se abriu até ao
mar.
Inicialmente era chamada de Rua da Boavista,mas a partir de até 1890, foi chamada de avenida
“A pedido de alguns
moradores da rua da Boavista, a Exma Câmara Municipal resolveu dar o nome de
Avenida da Boavista à parte da mesma rua, compreendida entre a de Santa Isabel
e a Fonte da Moura”.
Gustavo Adolfo Gonçalves de
Sousa foi o seu autor que lhe fixou, desde logo, uma largura de quarenta metros.
O último terço,
construído sobre a parte de um pequeno vale, desviou algumas das linhas de água
que a zona da Vilarinha, com origem a sudoeste do planalto da
Senhora da Hora. Este antigo ribeiro está hoje reduzido ao pequeno regato do
Queijo que desagua, encanado, alguns metros a norte do velho fortim com o mesmo
nome. De registar que, por deliberação camarária de 21 de Novembro de 1918, ao
troço que vai da Fonte da Moura ao Castelo do Queijo foi dado o nome de Avenida
de Eça de Queirós, entretanto abolido e nunca entrou na toponímia oficial. Também esteve para ser chamada de Avenida de Portugal, Avenida Oliveira Salazar, Avenida Francisco Sá Carneiro.
Nunca nenhum destes nomes vingou.
A avenida é a maior de Portugal com os seus sete quilómetros de extensão.
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