terça-feira, 6 de fevereiro de 2018


Municipal Do Porto que mais se destacaram

FRANCISCO DA ROCHA SOARES  (1804-1857)
presidente entre 30-12-1835  -  06-02-1836
e, 01-01-1840  -  08-08-1840

Comerciante, oficial do exército, proprietário da Fábrica de Louças de Miragaia, da Fábrica de Vidros de Paço Rei, arrendatário das Fábricas de Vale da Piedade e de Massarelos.
Lutou ao lado de D. Pedro IV no Cerco e, em 1846, foi preso no Castelo do Queijo aquando da Maria da Fonte.
Por causa dos gastos com política e com a vida militar, os seus negócios começaram a regredir e teve algumas dificuldades no final da vida.


JOSÉ ANTÓNIO SOUSA BASTO, 1º Conde da Trindade (1805-1890)
Presidente entre 02-01-1852 – 31-12-1855

Proprietário e capitalista, Fidalgo da Casa Real, foi Presidente da Câmara num período muito delicado para a cidade.
De facto, a cidade viveu uma situação de cólera associada a uma crise alimentar provocada pelo aumento exagerado do preço do pão. Para obstar a esta situação, a Câmara comprou algumas toneladas de milho que distribuiu a um preço acessível pelas camadas mais desfavorecidas da população.
Apesar da crise económica, o seu mandato ficou marcado pela abertura de algumas ruas. A rua da Boavista foi prolongada até à rotunda. A praça da Batalha foi embelezada e a rua da Restauração chegou à Cordoaria. Foram criadas escolas primárias e as posturas municipais foram coligidas numa só legislação municipal.
Foi demolido o Arco de Vandoma considerado um empecilho no avanço urbanístico da urbe… Em 1855, foi criado o Cemitério de Agramonte para servir o lado ocidental da cidade.

ANTÓNIO JOSÉ ANTUNES NAVARRO,Conde de Lagoaça (1803-1867)  Presidente entre 25-01-1858 – 31-12-1865

Homem rico, embrenhou-se a fundo, conseguindo financiamentos do Governo, na exposição inaugural do Palácio de Cristal e no embelezamento da cidade para o dito evento.
Uma das suas prioridades foi o abastecimento de água à cidade e, para tal, mandou recensear todas as fontes, nascentes e captações que existiam na cidade. Durante o seu mandato foram criadas as primeiras casas de banho públicas (o povo chamava-lhes lagoaças).
Foi pensado, mas não concretizado, um monumento a D. Pedro IV.
Numerosas ruas foram corrigidas e pediu-se ao governo verbas para a criação de escolas primárias nas freguesias mais rurais da cidade.
Para o final do mandato e por motivos de saúde, foi sendo substituído por Pinto Bessa que, com a sua marca viria a ser um dos mais importantes presidentes que a cidade teve.

FRANCISCO PINTO BESSA (1821 – 1878)
Presidente entre 02-01-1866 – 01-01-1878
Proprietário e capitalista, natural de Lordelo do Ouro.
É o presidente com a mais longa permanência na Câmara do Porto. O seu nome foi dado a uma das ruas mais emblemáticas da cidade. O seu busto, obra de Soares dos Reis, está na sala de sessões da Câmara.

Brasileiro de torna viagem, Pinto Bessa ficou riquíssimo, mas com forte sensibilidade social e tornou-se um dos beneméritos mais famosos do seu tempo.
No seu mandato rasgaram-se as ruas Mousinho da Silveira e Nova da Alfândega, a rotunda da Boavista e o alargamento do cemitério de Agramonte. Inaugurou-se também o Mercado do Peixe, a Câmara comprou o Convento das Carmelitas e a Real Biblioteca Pública passou para a alçada da cidade e foram melhorados os reservatórios de água da urbe.
Foi inaugurada a estátua de D. Pedro IV na praça Nova e investiu-se também nos transportes públicos, a ligação do Porto à Foz e Matosinhos, a linha do caminho de ferro do Minho, a ligação à Póvoa de Varzim e inaugurada a Ponte D. Maria I.
Foi condecorado pelo Mayor de Londres em 1876.
Pelo conjunto da sua obra, pela capacidade que teve em perceber a

cidade como um todo, Pinto Bessa pode ser considerado sem favor um dos maiores presidentes que esta cidade já teve e o seu nome está  imortalizado numa rua que foi pensada para ligar a zona de Campanhã, estação, ao então chamado Alto do Bonfim.


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