Municipal Do Porto que mais se destacaram
FRANCISCO DA ROCHA
SOARES (1804-1857)
presidente entre 30-12-1835 -
06-02-1836
Comerciante, oficial do
exército, proprietário da Fábrica de Louças de Miragaia, da Fábrica de Vidros
de Paço Rei, arrendatário das Fábricas de Vale da Piedade e de Massarelos.
Lutou ao lado de D. Pedro
IV no Cerco e, em 1846, foi preso no Castelo do Queijo aquando da Maria da
Fonte.
Por causa dos gastos com
política e com a vida militar, os seus negócios começaram a regredir e teve
algumas dificuldades no final da vida.
Presidente entre 02-01-1852 –
31-12-1855
Proprietário e capitalista,
Fidalgo da Casa Real, foi Presidente da Câmara num período muito delicado para
a cidade.
De facto, a cidade viveu
uma situação de cólera associada a uma crise alimentar provocada pelo aumento
exagerado do preço do pão. Para obstar a esta situação, a Câmara comprou
algumas toneladas de milho que distribuiu a um preço acessível pelas camadas
mais desfavorecidas da população.
Apesar da crise económica,
o seu mandato ficou marcado pela abertura de algumas ruas. A rua da Boavista
foi prolongada até à rotunda. A praça da Batalha foi embelezada e a rua da
Restauração chegou à Cordoaria. Foram criadas escolas primárias e as posturas
municipais foram coligidas numa só legislação municipal.
Foi
demolido o Arco de Vandoma considerado um empecilho no avanço urbanístico da
urbe… Em 1855, foi criado o Cemitério de Agramonte para servir o lado ocidental
da cidade.
Homem rico, embrenhou-se a
fundo, conseguindo financiamentos do Governo, na exposição inaugural do Palácio
de Cristal e no embelezamento da cidade para o dito evento.
Uma das suas prioridades
foi o abastecimento de água à cidade e, para tal, mandou recensear todas as
fontes, nascentes e captações que existiam na cidade. Durante o seu mandato
foram criadas as primeiras casas de banho públicas (o povo chamava-lhes lagoaças).
Foi pensado, mas não
concretizado, um monumento a D. Pedro IV.
Numerosas ruas foram
corrigidas e pediu-se ao governo verbas para a criação de escolas primárias nas
freguesias mais rurais da cidade.
Para o final do mandato e
por motivos de saúde, foi sendo substituído por Pinto Bessa que, com a sua
marca viria a ser um dos mais importantes presidentes que a cidade teve.
FRANCISCO PINTO BESSA
(1821 – 1878)
Presidente entre 02-01-1866 – 01-01-1878
Proprietário e capitalista,
natural de Lordelo do Ouro.
É o presidente com a mais
longa permanência na Câmara do Porto. O seu nome foi dado a uma das ruas mais
emblemáticas da cidade. O seu busto, obra de Soares dos Reis, está na sala de
sessões da Câmara.
Brasileiro de torna viagem, Pinto Bessa ficou riquíssimo, mas com forte sensibilidade social e tornou-se um dos beneméritos mais famosos do seu tempo.
No seu mandato rasgaram-se
as ruas Mousinho da Silveira e Nova da Alfândega, a rotunda da Boavista e o
alargamento do cemitério de Agramonte. Inaugurou-se também o Mercado do Peixe,
a Câmara comprou o Convento das Carmelitas e a Real Biblioteca Pública passou
para a alçada da cidade e foram melhorados os reservatórios de água da urbe.
Foi inaugurada a estátua
de D. Pedro IV na praça Nova e investiu-se também nos transportes públicos, a ligação do Porto à
Foz e Matosinhos, a linha do caminho de ferro do Minho, a ligação à Póvoa de
Varzim e inaugurada a Ponte D. Maria I.
Foi condecorado pelo Mayor
de Londres em 1876.
Pelo conjunto da sua obra,
pela capacidade que teve em perceber a
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