quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Quinta de Sacais/Cativo


QUINTA de SACAIS

A freguesia do Bonfim tinha, e antes de um processo de urbanização acelerado, quatro grandes quintas; Reimão, Prado, Fraga e Sacais
A quinta da Fraga, vai dar origem às Ruas de S. Victor e à Rua Alexandre Herculano.
Em relação às outras iremos falar delas noutra altura.
A quinta de Sacais, foi também chamada quinta do Cativo, tal designação deve-se ao facto de ter sido pertença de um amigo do Bispo do Porto, D. Ayres da Silva, que ficou cativo em   Alcácer Quibir.
Uma quinta que teve diversos donos, a saber:
Começou por ser pertença de António José Guimarães, cavaleiro da Ordem de Cristo, por herança do seu pai, Domingos Francisco Guimarães.
Em 1812 passa para a posse de João Ribeiro Pereira e de sua mulher Maria Margarida Guimarães Ribeiro.
Falecido o marido esta casa em segunda núpcias
A quinta nos inícios do século XX, ainda com a capela 
Depois de um processo judicial movida por uma bisneta de Margarida Guimarães, a quinta é vendida a Manuel José de Sousa Araújo, falecido em 1869.
Em 1882 a quinta é vendida ao capitalista Ferreira Cardoso
Parte desta quinta e parte da Quinta do Cyrne, serviu depois para serem rasgadas as ruas de Ferreira Cardoso, Conde de Ferreira, Joaquim António de Aguiar, Duque de Palmela, Conde das Antas e Barão de S. Cosme.
A Casa da Quinta, hoje.
O restante da propriedade foi vendido ao banqueiro Francisco Borges em 1913.
Parte do terreno foi cedido para se rasgar a Avenida Camilo que inicialmente estava projectada para terminar na Rua de Pinto Bessa
O bispo do Porto, D. António Barroso, quando veio do exílio forçado (ordenado por Afonso Costa, no período conturbado da I República), na sua terra natal, Remelhe, Barcelos, habitou a casa de Sacais que se localiza na Rua de António Granjo/Avenida Camilo.
A quinta possuía uma capela de invocação a S. Domingos e não a Santa Bárbara como por vezes aparece referido.



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