QUINTA de SACAIS
A freguesia do Bonfim tinha, e antes de um processo de
urbanização acelerado, quatro grandes quintas; Reimão, Prado, Fraga e Sacais
A quinta da Fraga, vai dar origem às Ruas de S. Victor
e à Rua Alexandre Herculano.
Em relação às outras iremos falar delas noutra altura.
A quinta de Sacais, foi também chamada quinta do
Cativo, tal designação deve-se ao facto de ter sido pertença de um amigo do
Bispo do Porto, D. Ayres da Silva, que ficou cativo em Alcácer Quibir.
Uma quinta que teve diversos donos, a saber:
Começou por ser pertença de António José Guimarães,
cavaleiro da Ordem de Cristo, por herança do seu pai, Domingos Francisco
Guimarães.
Em 1812 passa para a posse de João Ribeiro Pereira e
de sua mulher Maria Margarida Guimarães Ribeiro.
Falecido o marido esta casa em segunda núpcias
A quinta nos inícios do século XX, ainda com a capela |
Depois de um processo judicial movida por uma bisneta
de Margarida Guimarães, a quinta é vendida a Manuel José de Sousa Araújo,
falecido em 1869.
Em 1882 a quinta é vendida ao capitalista Ferreira
Cardoso
Parte desta quinta e parte da Quinta do Cyrne, serviu
depois para serem rasgadas as ruas de Ferreira Cardoso, Conde de Ferreira,
Joaquim António de Aguiar, Duque de Palmela, Conde das Antas e Barão de S.
Cosme.
A Casa da Quinta, hoje. |
O restante da propriedade foi vendido ao banqueiro
Francisco Borges em 1913.
Parte do terreno foi cedido para se rasgar a Avenida
Camilo que inicialmente estava projectada para terminar na Rua de Pinto Bessa
O bispo do Porto, D. António Barroso, quando veio do
exílio forçado (ordenado por Afonso Costa, no período conturbado da I
República), na sua terra natal, Remelhe, Barcelos, habitou a casa de Sacais que
se localiza na Rua de António Granjo/Avenida Camilo.
A quinta possuía uma capela de invocação a S. Domingos
e não a Santa Bárbara como por vezes aparece referido.
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