sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Quinta da China e Quinta de Nova Sintra


QUINTA DA CHINA

Quinta que ficava localizada junto à marginal, mas que subia encosta acima, entestava com a Quinta do Prado, actual cemitério do Prado do Repouso.
Para se rasgar a marginal desapareceu para sempre uma capela que aqui existia e que pertencia à quinta.
A mais antiga referência a esta quinta data de 1679 e sabemos que era propriedade de um cidadão do Porto, de nome João Freitas.
Em 1789 pertencia a João Lopes Ferraz e posteriormente a António Martins de Sousa, pai de Aurélia de Sousa, a mais notável pintora do seu tempo.
Esta quinta era também vizinha da Quinta das Oliveiras, de que falaremos brevemente, já que é mais conhecida pela Quinta dos SMAS.
Nesta quinta e já no século XX existiu um pequeno bairro de ilhas que foi demolido e os seus habitantes foram alojados em diversos bairros sociais do Porto, nomeadamente no Bairro Leonardo Coimbra, em Paranhos

QUINTA DAS OLIVEIRAS/WRIGHT/SMAS/ NOVA SINTRA


Mais conhecida pelo nome de Quinta de Nova Sintra, ou Quinta das Águas, esta é uma das muitas quintas da zona Oriental da cidade.
Entestava à quinta da China a sul e já foi pertença desta.  A norte fazia fronteira com a Quinta do prado, actual cemitério do Prado do Repouso.
Foi no seu belo palacete oitocentista que se instalaram os serviços das Águas e Saneamento.
Chamada de quinta Wright porque foi habitada por uma família inglesa com este nome.
Chamada de Quinta de Nova Sintra porque  pertenceu ao Barão de Nova Sintra, José Joaquim Leite Guimarães,
Nascido em Guimarães em 1808, Brasileiro de Torna Viagem, foi administrador da Companhia de Iluminação e do Gás. Ajuda a criar o Asilo da Mendicidade nas Fontainhas onde a sua marca vai prevalecer por muitos anos.
A sua obra de filantropia mais conhecida vai ser, no entanto o Asilo da Mendicidade da Infância que tinha o nome oficial de Estabelecimento de Artes e Ofícios e do Asilo da Infância desvalida. Tal estabelecimento vai ser erigido na então Quinta da China (rua que actualmente tem o nome do seu patrono). O novo estabelecimento veio a ser inaugurado em 1866 pelo rei  D. Luís.
O Barão de Nova Sintra morreu em 1870.
Em 1932 a Câmara do Porto adquiriu o espaço a uma empresa hortícola que aqui estava instalada de propriedade dos Irmãos Reid, herdeiros do anterior proprietário Robert Reid.
A partir daqui nasce a realidade que ainda hoje conhecemos com a bonita escultura de Irene Vilar defronte à casa que alberga os serviços das águas.

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