QUINTA DA CHINA
Quinta que
ficava localizada junto à marginal, mas que subia encosta acima, entestava com
a Quinta do Prado, actual cemitério do Prado do Repouso.
Para se rasgar a marginal
desapareceu para sempre uma capela que aqui existia e que pertencia à quinta.
A mais antiga referência a esta
quinta data de 1679 e sabemos que era propriedade de um cidadão do Porto, de
nome João Freitas.
Em 1789 pertencia a João Lopes
Ferraz e posteriormente a António Martins de Sousa, pai de Aurélia de Sousa, a
mais notável pintora do seu tempo.
Esta quinta era também vizinha da
Quinta das Oliveiras, de que falaremos brevemente, já que é mais conhecida pela
Quinta dos SMAS.
Nesta quinta e já no século XX
existiu um pequeno bairro de ilhas que foi demolido e os seus habitantes foram
alojados em diversos bairros sociais do Porto, nomeadamente no Bairro Leonardo
Coimbra, em Paranhos
QUINTA DAS OLIVEIRAS/WRIGHT/SMAS/
NOVA SINTRA
Mais conhecida pelo nome de Quinta
de Nova Sintra, ou Quinta das Águas, esta é uma das muitas quintas da zona
Oriental da cidade.
Entestava à quinta da China a sul e
já foi pertença desta. A norte fazia fronteira com a Quinta do prado, actual cemitério do Prado do Repouso.
Foi no seu belo palacete
oitocentista que se instalaram os serviços das Águas e Saneamento.
Chamada de quinta Wright porque foi
habitada por uma família inglesa com este nome.
Chamada de Quinta de Nova Sintra
porque pertenceu ao Barão de Nova
Sintra, José Joaquim Leite Guimarães,
Nascido em Guimarães em 1808,
Brasileiro de Torna Viagem, foi administrador da Companhia de Iluminação e do
Gás. Ajuda a criar o Asilo da Mendicidade nas Fontainhas onde a sua marca vai
prevalecer por muitos anos.
A sua obra de filantropia mais
conhecida vai ser, no entanto o Asilo da Mendicidade da Infância que tinha o
nome oficial de Estabelecimento de Artes e Ofícios e do Asilo da Infância
desvalida. Tal estabelecimento vai ser erigido na então Quinta da China (rua
que actualmente tem o nome do seu patrono). O novo estabelecimento veio a ser
inaugurado em 1866 pelo rei D. Luís.
O Barão de Nova Sintra morreu em
1870.
Em 1932 a Câmara do Porto adquiriu
o espaço a uma empresa hortícola que aqui estava instalada de propriedade dos
Irmãos Reid, herdeiros do anterior proprietário Robert Reid.
A partir daqui nasce a realidade
que ainda hoje conhecemos com a bonita escultura de Irene Vilar defronte à casa
que alberga os serviços das águas.
Excelente.
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