quinta-feira, 15 de março de 2018

Banco Comercial do Porto


BANCO COMERCIAL do PORTO


O Banco Comercial do Porto foi fundado em 1835.
Na sua génese estão os homens que dois anos antes, 1834, constituíram a Associação Comercial do Porto e rapidamente se tornou o mais importante banco regional são alcance nacional e no Brasil dado a relação intensa da comunidade portuguesa instalada naquele país com a antiga metrópole.
O capital social foi de 2000 contos de réis divididos em 10.000 acções de 200$000 reis cada.
Começou por estar instalado provisoriamente no que restava do antigo convento de S. Francisco, posteriormente estiveram na então Rua dos Ingleses (actual Rua do Infante D. Henrique).
O banco foi ultrapassando, com maior ou menos dificuldade, as diversas convulsões politicas que foram atingindo o país, a saber; O Setembrismo, 1836, a Maria da Fonte e a Patuleia, 1846/7, etc…
Resistem à crise de 1858, que viu falir mais de cem empresas no Porto e à de 1878, que também foi altamente lesiva da economia portuense.
Tal como outros bancos o Banco Comercial não resistiu à tentação de incorporar o Sindicato Portuense, que investiu no projecto chamada de “Salamancada” e que vai ser fatal para muitas das instituições de crédito portuenses.
Em 1892 e por causa de uma nova crise financeira uma serie de bancos vão ser incorporados no Banco Comercial do Porto; Banco União, Banco Português, Banco Mercantil,
Banco Comercial, Banco Portuense, Banco de Comércio e Indústria e Nova Companhia de Utilidade Pública.
Nesta época o banco já tinha muitas agências no território nacional e também em Londres, Paris, Hamburgo, Rio de Janeiro e Madrid.
As duas primeiras décadas do século XX ainda vão ser de prosperidade o que prova a abertura de uma nova agência em Lisboa, mas a crise de 1929 faz se sentir de uma forma violenta no banco e em 1938 o banco faz se fundir com o Banco Ferreira Alves.
Por sua vez este banco posteriormente vai-se fundir com o Banco Joaquim Pinto Leite & Filhos, que por sua vez anos depois vai ser incorporado no Banco Nacional Ultramarino, que já nos nossos dias foi integrado na Caixa Geral de Depósitos.
Termina assim a história de um dos bancos mais importantes do século XIX portuense.


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