BANCO COMERCIAL do PORTO
O Banco Comercial do
Porto foi fundado em 1835.
Na sua génese estão
os homens que dois anos antes, 1834, constituíram a Associação Comercial do Porto
e rapidamente se tornou o mais importante banco regional são alcance nacional e
no Brasil dado a relação intensa da comunidade portuguesa instalada naquele
país com a antiga metrópole.
O capital social foi
de 2000 contos de réis divididos em 10.000 acções de 200$000 reis cada.
Começou por estar instalado
provisoriamente no que restava do antigo convento de S. Francisco,
posteriormente estiveram na então Rua dos Ingleses (actual Rua do Infante D. Henrique).
O banco foi ultrapassando,
com maior ou menos dificuldade, as diversas convulsões politicas que foram
atingindo o país, a saber; O Setembrismo, 1836, a Maria da Fonte e a Patuleia,
1846/7, etc…
Resistem à crise de
1858, que viu falir mais de cem empresas no Porto e à de 1878, que também foi
altamente lesiva da economia portuense.
Tal como outros
bancos o Banco Comercial não resistiu à tentação de incorporar o Sindicato
Portuense, que investiu no projecto chamada de “Salamancada” e que vai ser
fatal para muitas das instituições de crédito portuenses.
Em 1892 e por causa
de uma nova crise financeira uma serie de bancos vão ser incorporados no Banco
Comercial do Porto; Banco União, Banco Português, Banco Mercantil,
Banco Comercial,
Banco Portuense, Banco de Comércio e Indústria e Nova Companhia de Utilidade
Pública.
Nesta época o banco
já tinha muitas agências no território nacional e também em Londres, Paris,
Hamburgo, Rio de Janeiro e Madrid.
As duas primeiras
décadas do século XX ainda vão ser de prosperidade o que prova a abertura de
uma nova agência em Lisboa, mas a crise de 1929 faz se sentir de uma forma
violenta no banco e em 1938 o banco faz se fundir com o Banco Ferreira Alves.
Por sua vez este
banco posteriormente vai-se fundir com o Banco Joaquim Pinto Leite &
Filhos, que por sua vez anos depois vai ser incorporado no Banco Nacional
Ultramarino, que já nos nossos dias foi integrado na Caixa Geral de Depósitos.
Termina assim a
história de um dos bancos mais importantes do século XIX portuense.
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