BANCO
ALIANÇA
O
Banco Aliança foi fundado no Porto em 1863.
O
banco apareceu num contexto muito favorável para as instituições de crédito,
pois entre 1850 e 1870 foram inaugurados quatro bancos na cidade.
A
nível nacional e praticamente no mesmo período foram abertos cinquenta e dois
bancos, números que demonstram bem a verdadeira febre financeira que se abateu
sobre Portugal.
Como
o próprio nome indica o banco nasceu através da fusão de instituições que em
rigor nem virem nascer a luz do dia. A Saber: Banco Industrial, Banco Comércio
e Industria e Banco Agrícola.
Apesar
da data da fundação, este banco só começa de facto a operar em 1864, tendo a
sua sede na Rua de Belmonte, no palacete dos Pacheco Pereira e onde em 1913 esteve
a sede da Companhia de Caminhos de Ferro através de África.
Apesar
de ser um banco do Porto, foi pretensão dos administradores a expansão para
todo o reino e estrangeiro.
Foi
o primeiro banco a ter um código de ética e era proibido fumar nas instalações.
Em
Lisboa, o banco era representado pela Casa Burnay e também participou no
Sindicato Portuense para a concretização da Linha de Barca D´Alva a Salamanca e
dado o desastre financeiro que este projecto acarretou aceitou o resgate do
Banco de Portugal deixando a partir daí a deixar de emitir notas.
Em
1906 instala uma filial no Brasil e também colabora no aumento do capital social
da CUF.
Em
1953 o banco faz noventa anos e torna-se um dos mais antigos bancos
portugueses. Os seus acionistas almejando uma maior projecção do banco votam a
fusão com o banco José Henriques Totta de Lisboa, dando origem ao Banco Totta
Aliança e em 1961 este funde-se com o Banco Lisboa & Açores, dando origem
ao Banco Totta & Açores que pela evolução está hoje incorporado no Banco Santander
Totta.
BANCO
de COMÉRCIO e INDÚSTRIA
O Banco de Comércio e
Indústria foi fundado em 22 de Fevereiro de 1875.
Joaquim Lourenço
Alves, José Marques Antunes, João Ribeiro Pereira e José Luís Gomes de Sá,
comerciante instalado no Muro da Ribeira e inventor do prato que leva o seu
nome “Bacalhau à Gomes de Sá”.
Foi um dos bancos
constituídos graças ao boom económico dos anos setenta do século XIX e com a
possibilidade que os capitais brasileiros espanhóis e até peruanos
possibilitaram.
Entretanto, passados
uns anos Joaquim Lourenço Alves, foge com uma quantidade considerável de
dinheiro e é aberta uma sindicância ao banco.
São eleitos novos
corpos gerentes e são descobertas decisões que provocaram a delapidação do
património do banco; investimentos ruinosos, investimentos na América do Sul
que se viriam a revelar ruinosos, empréstimos a casas falidas, etc.
Apesar de se saberem
de quem eram as responsabilidades, estes não viram o banco a agir sobre eles de
uma forma criminal e foram deixados em liberdade.
Em 2 de Fevereiro de
1894, Henrique Kendall propôs em direcção, e apesar do banco ter dado lucro
nesse ano, a fusão com o Banco Comercial do Porto, ideia que foi aceite.
Em suma este banco,
enquanto tal e com a designação independente durou dezanove anos.
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