Mijavelhas (Rio de)
Também conhecido por Ribeiro de
Mijavelhas ou Rio do Poço das Patas, por ficar no Campo do Poço das Patas (hoje
Campo de 24 de Agosto), tinha também o nome de Rio das Lavadeiras (1697).
Assim denominado por ter origem no chamado Campo de Mijavelhas
desagua no rio Douro logo depois de cruzar os terrenos que foram da Quinta do
Reimão e da Quinta da Fraga .
Antes
disso, depois de passar sob a chamada Ponte
do Poço das Patas, que se crê ainda existente, soterrada, em frente ao
edifício da Junta de Freguesia do Bonfim, atravessava os terrenos que eram da
Quinta do Reimão
Informa-nos Horácio Marçal de que no Ribeiro de Mijavelhas, “já no primeiro
decénio do século XVI funcionavam algumas azenhas, donde saíam, moídos, os
cereaisa destinados ao consumo público”
.
Nevogilde (Ribeira de)
Um dos cursos de água que ficam
junto ao trajecto da projectada Avenida de Nuno Álvares Pereira. Segundo o que
está previsto no PDM deverão ser “mantidos
os troços das ribeiras de Nevogilde e da Ervilheira que se encontram a céu
aberto” .
A Ribeira de Nevogilde que segue
entubada ao longo da Rua do Funchal, junto à Igreja paroquial permanece ainda a
céu aberto.
Nevogilde (Rio de)
Este curso de água aparece-nos
referido num documento de 27 de Abril de 1710 .
O
mesmo que Ribeira de Nevogilde dos
tempos mais modernos. Ver Nevogilde (Ribeira
de).
Nossa Senhora da Ajuda (Ribeira de)
O mesmo que Ribeira da Agra ou
Ribeira da Agra de Ramalde que, entre outros nomes também foi designada por
Ribeira de Lordelo, Ribeira da Maiorca e ainda por Ribeira das Ratas.
Nossa Senhora da Batalha ( Rio )
O
Rio de Nossa Senhora da Batalha não passava de um simples ribeiro que serpenteava
pelo espaço que hoje se denomina Praça da Batalha e que ficava (1560) “da banda da cidade” ou seja do lado
ocidental .
Era alimentado pelas águas que
provinham do manancial do então chamado Campo
de Mijavelhas (hoje Campo de 24 de Agosto) que igualmente “alimentava um pequeno chafariz que ficava
da parte de fora da muralha” (
Palheta (Rio da)
Curso de água que ficava à
margem da Quinta de Vessada e que tinha o nome do lugar onde passava. Ao “rio chamado da Palheta que não pode vadear
ainda no verão” se refere uma petição datada de 5 de Junho de 1709
Tudo leva a crer que ele seja o
troço do chamado Rio de Campanhã ou Rio Conari mencionado no documento pelo
qual D. Afonso Henriques, em 1138, confirmou e alargou ao bispo D. João
Peculiar o couto do Porto.
Pêgo Negro (Ribeiro de)
Assim aparece denominado, em
1785, o curso de água que passa no Lugar de Pêgo Negro. É o conhecido Rio Tinto.
Poço das Patas (Rio do)
Também conhecido por Ribeiro de
Mijavelhas, Rio de Mijavelhas ou Rio das Lavadeiras ficava no Campo do Poço das
Patas que hoje tem o nome de Campo de 24 de Agosto, onde nascia. Era alimentado
com as águas que recebia das vertentes que vinham do Monte do Bonfim e da Póvoa
de Cima (Praça da Rainha D. Amélia).
Depois de passar sob o arco
granítico da Ponte das Patas, cruzava
os terrenos da Quinta do Reimão e depois da Quinta da Fraga, antes de desaguar
no Rio Douro.
Portuzelo (Rio de)
Pequeno curso de água que corre
pelo Lugar de Gondarém e que na Idade Média tinha o nome de Ribeiro de S. Paio Em tempos mais recentes (1881) era (é?) conhecido por Ribeiro de
Gondarém .
Um curso de
água que nos aparece referido numa carta de foro, datada de 20 de Abril de
1330, pela qual D. Afonso IV deu a João Rodrigues, ourives do Porto e a Maria
Pires, sua mulher “os meus três casaes
que eu ei na freguesia de leuovegilde como sse começa na malhada do mar e vai
sse ao lugar de penellas desi pelo rio de porteselo”
Prado (Rio do)
Ficava em Nevogilde este curso
de água que nos aparece referido num documento de 25 de Julho de 1738 .
Queijo (Regato do)
Também
denominado por Ribeiro da Vilarinha, tem origem a sudoeste do planalto da
Senhora da Hora. E desagua no oaceano um pouco a norte do Forte de S. Francisco
Xavier, vulgarmente chamado de Castelo do Queijo, que lhe empresta o nome (J. Carrington
da Costa – in Nova Monografia do Porto – 1938
– Página 11).
Outrora mais
caudaloso do que é hoje, o volume das suas águas foi cerceado com a abertura da
Avenida da Boavista, uma vez que desviou alguns dos cursos de água que o
aumentavam. Ele deve ser o Rio do Queijo de
1738. V
Rego das
Consortes (Regato)
Um dos regatos “que o povo chama rios”, da Freguesia de
Paranhos. O regato denominado por Rego
das Consortes corre entre os lugares da Azenha e da Asprela. É formado por
águas provenientes “das vertentes das
alturas do Conde de Ferreira-Antas ao qual se juntam dois ribeiros que passam
no Lugar da Azenha, bem como outros dois da Manga e da Azenha” .
S. Paio (Ribeiro de)
Assim era designado na alta
Idade Média o pequeno curso de água que corre pelo Lugar de Gondarém e que
depois teve a denominação de Rio de Portuzelo ). Já conhecido por Ribeiro de
Gondarém
Tinto (Rio)
O Rio Tinto é
um curso de água que nasce em Ermesinde (Valongo), atravessa a homónima
freguesia e desliza pelo vale de Campanhã antes de desaguar no Douro. Correndo a
poente do Rio Torto, próximo da foz toma o nome de Caneiro de Campanhã.
Torto (Rio)
Também
denominado por Ribeiro da Granja corre
em território da Freguesia de Campanha, a nascente do Rio Tinto, antes de
desaguar, próximo da foz deste, junto ao chamado Esteiro de Campanhã onde foi entretanto construída a designada Marina do Freixo.
O
Rio Torto, que passa sob a Ponte do Ga to, corresponde ao
Rio de Campanhã o referida ao Anno de 1903” - que, antes de
desaguar no Douro, passa igualmente sob o leito da Rua do Freixo. O Rio Torto é um dos dois “regatos sem nome” da Freguesia de
Campanhã que desaguavam no Douro (1758). Com início no Monte das Lagoas, “pela ponte
pequena de Campanhã de baixo vae ao estreito metter-se no Douro”
A propósito deixamos a
informação de que em sessão de 25 de Março de 1933 foi
aprovado o “projecto de reforço dos muros
de suporte da Ponte sobre o Rio Torto na Rua do Freixo” (Arq. Histórico – Livro de Actas da Comissão Administrativa – A.PUB
225 – Folha 53).
Torto é também o
nome de um pequeno rio que nasce na Serra de Guilheiro e é um dos dos afluentes
da margem esquerda do Douro.
Travessa (Rio da)
Um dos cursos de água da
Freguesia de Paranhos cujo nome lhe
vinha, certamente, pelo facto de correr pelo lugar com essa denominação.
Curso de água que nos aparece
mencionado num documento do Cabido (1483), relativo a uma repartição d bens: “o forno além do Rio do Vale de Cidral, com
casa do tojo, do forneiro…
Vila (Rio da)
Curso de água, ainda hoje
existente, que é formado por dois braços distintos que recolhem águas de
variadas origens: um que corre mais a poente (Vale de Germalde, entre o Monte
da Lapa e o Monte da Fontinha), pela Rua de Camões, Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade (a
denominada Ribeira das Hortas); outro
a nascente (Vale de Fradelos, entre o Monte da Fontinha e o Monte dos
Congregados), que “nasce debaixo da Rua
de Santa Catarina, na proximidade da Travessa das Musas (a norte da Rua de
Gonçalo Cristóvão), desce ao Mercado do Bolhão, para correr na direcção das ruas de Passos Manuel e de 31
de Janeiro, e cair em catadupa sob a entrada da Rua da Madeira” ..
Ambos se encontram mais ou menos
onde ficava a antiga Porta de Carros (frente à Igreja dos Congregados) donde
segue, sob o piso abobadado da Rua de Mouzinho da Silveira e Rua de S. João, em
direcção ao Douro, onde desagua e onde em tempos bastante remotos, se fundou
Cale que depois evoluiu para Portucale.
Ele é, segundo a maioria dos
autores, o Canalem Maiorem (Canal
Maior) da doação da rainha D. Teresa ao bispo D. Hugo. Rio da Cividade e Rio de
Carros foram outras das designações que teve.
Pela
curiosidade, e para se ter uma noção do que ele era no passado remoto, não
resistimos a citar um documento de 18 de Junho de 1534 relativo ao “Emprazamento de hum moinho arruinado, sito
no rio da vila, por detrás do dito hospital (Hospital das Congostas) e da banda das Congostas assima da porta
onde se passa o rio”. Durante séculos foi “a cloaca máxima da cidade” pelo facto
de para o seu leito serem lançadas todas as imundices domésticas da ruas suas
vizinhas. Ver Gonçalo Cristóvão (Viaduto
de) e Rio da Vila (Rua do).
Vilão (Rio)
Curso
de água que, entre charcos e campos pantanosos, corria até à Fonte da Moura e
não passava de um ribeiro. O Rio Vilão daria origem ao topónimo Revilão usado numa das ruas da Freguesia
). Era
era também o patrono, entre outras, de uma propriedade localizada em Ramalde de
Baixo.
Segundo
Tito Lívio Van Krieken “descia o dito rio
pelo sítio das Lameiras – hoje parte da Rua do Jornal de Notícias -
serpenteando, depois, por terras do lugar do Funchal e do lugar da Boa Vista,
onde chegou a criar problemas na construção da velha Igreja de S. Martinho, até
ao mar".
Vilar (Ribeira de)
Nascendo
“por trás do antigo Liceu D. Manuel II, actual Rodrigues de Freitas, (próximo da igreja de Cedofeita), corre pela Carvalhosa, Rua da Piedade, parte
da Rua de D. Pedro V, e vai aparecer a céu aberto sob o arco dos lavadouros da
Rua dos Moinhos, de onde desce para Massarelos”..
Vilar (Rio de)
Nas
proximidades da Carvalhosa, entre as actuais Praça de Pedro Nunes e Largo de
Alexandre Sá Pinto, juntavam-se três pequenos cursos de água vindos dos pontos
mais altos (um da Praça da República, outro do Monte Pedral e um outro da Avenida
de França) . Do encontro dessas águas (por alturas do actual Largo
de Alexandre de Sá Pinto) resultava um pequeno riacho que corria pelas ruas da
Piedade e de D. Pedro V, marginando a Rua dos Moinhos. Era o Rio de Vilar que
fazia mover numerosas azenhas e moinhos que deram nome ao Lugar das Azenhas de
Vilar .
O Rio de Vilar,
segundo as Memórias Paroquiais
(1758), nasce na antiga aldeia de Fial. Uma parte está entubada (a que
corre sob o leito da Rua da Piedade); a parte restante, a partir da Rua de
Vilar, junto à Rua de D. Pedro V e paralela à Rua dos Moinhos, corre a céu
aberto até encontrar o Douro, la no fundo.
Era o “célebre Ribeirinho que… de modo geral era conhecido por ribeiro de
Miragaia”
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