terça-feira, 24 de abril de 2018

RIOS DO PORTO -IV PARTE


Ribeira de Cartes, 
Um afluente do Rio Tinto, que corre a céu aberto pela zona. Com uma extensão de 700 metros, estende-se pelo vale da referida Ribeira (que entretanto foi entubada), desde o nó de Contumil (saída do Mercado Abastecedor, na Via de Cintura Interna) até à rotunda da Rua do Peso da Régua, junto à Estrada da Circunvalação). A sua construção, iniciada em Junho de 2000, ficou a dever-se à APOR-Agência para Modernização do Porto. 


Castelo do Queijo (Rio do)
                Assim se denominava, no século XVIII, o curso de água que desaguava junto ao Castelo do Queijo. A este rio que mais não seria que um ribeiro, se refere um prazo feito em 25 de Julho de 1738 pelos Marqueses de Abrantes, que detinham o senhorio directo, em favor de João Luís da Silva e  mulher Luísa da Silva do Rosário. Fazia parte deste prazo “Um pedaço de areia sito entre o rio do Castelo do Queijo e o Rio do Prado com alguns pinhais” .

Cividade (Rio da)
                É o conhecido Rio da Vila que, ainda hoje, corre encanado sob o piso da Rua de Mouzinho da Silveira. As duas designações foram simultâneas “e a do rio da Cividade, ainda se usou no séc. XVII a delimitar certas casas da Rua dos Mercadores” .
“Cale era também o nome de um pequeno rio que descendo por onde hoje desce a Rua de Mouzinho da Silveira, desaguava no rio Douro”  Rio de Carros foi outro nome que teve: “É sabido que o mesmo rio de carros também aparece denominado como rio da Vila e rio da Cividade”

Conari (Rio)
                Por vezes também referido como Conar ou Conairo é um potamónimo que nos aparece mencionado no documento pelo qual D. Afonso Henriques, em 1138, confirmou e alargou ao bispo D. João Peculiar o couto do Porto. Corresponde ao“ribeiro que entra no Douro no sítio do Esteiro de Campanhã, o qual ribeiro, ou regato, tem modernamente (1758) o nome de Caneiro”

Currais (Ribeiro de)
                Pequeno regato que corre no antigo Lugar de Currais, entre o Monte de Currais e o Monte dos Murganhos e cujas águas alimentam o Rio Tinto.

Ervilha (Ribeiro da)
                Pequeno curso de água da zona ocidental da cidade que corria entre duas pequenas elevações “o monte Crasto a norte e o alto da Senhora da Luz onde está localizado o farol, a sul” .


Escuro (Rio)
                Curso de água da Freguesia de Lordelo do Ouro junto ao qual ficava a Fonte de Nossa Senhora da Ajuda
).
Frio (Rio)
                Nascendo por alturas do Jardim do Carregal (hoje Jardim de Carrilho Videira), mais ou menos por baixo da actual Rua da Torrinha, este curso de água é cortado pelo Jardim do Carregal e pela Rua do Breyner. No passado, para além desta, teve várias outras denominações: Rio das Virtudes, Ribeiro de Miragaia, Ribeiro do Carregal e ainda por Rio de Massarelos. Depois de passar sob o edifício do Hospital de Santo António, desagua no Douro “No exacto local onde mais tarde foi construído o edifício da Alfândega, hoje Museu dos Transportes” ).
                De notar que em sessão de 3 de Setembro de 1885 a Vereação Municipal tomou conhecimento dum ofício da Junta de Paróquia de Miragaia que entre outras coisas, pedia  “a cobertura do cano do rio frio por exalar mau cheiro”
                O Rio Frio ou Rio das Virtudes, também chamado Rio de S. Pedro de Miragaia, servia de limite entre as terras do Couto de Cedofeita e do Couto do Porto. Segundo Pedro Vitorino (entre outros) era o chamado Canal Maior que daria aso a fortes polémicas entre a cidade, o rei e o bispado .  Era também dessa opinião Monsenhor Augusto Ferreira ) no seguimento, aliás, da opinião manifestada pelo subscritor do inquérito relativo à Freguesia de Campanhã e que faz parte das chamadas Memórias Paroquiais, de ).
                Em nossa opinião o Rio Frio corresponde ao Rio do Vale de Cidral citado num documento do Cabido do Porto datado de 1483 

Granja (Ribeira da)
                O mesmo que Ribeira da Agra ou Ribeira da Agra de Ramalde, é a única que atravessa, na vertical, toda a cidade do Porto. Também conhecida por Ribeira das Ratas, entre outros nomes, a Ribeira da Agra, que nasce em Ramalde do Meio, é o último afluente da margem direita do Douro que vai mudando o nome ao longo do seu percurso: Rio da Ponte, Ribeira de Penoucos, Ribeira da Granja (Lordelo) e, quando encontra o Douro, tem já o nome de Ribeiro de Lordelo .
             .

Granja (Ribeiro da)
                É um pequeno regato que nasce perto da Areosa e cujas águas desaguam no Rio Torto, um pequeno afluente da margem direita do Douro que desce desde os altos de Fânzeres e Gondomar e corre pelo vale de Campanhã 
                Excepto no nome, nada tem a ver com a denominada Ribeira da Granja que igualmente desagua no Douro, porém, no outro extremo, em Lordelo do  Ouro.

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