domingo, 22 de abril de 2018

RIOS DO PORTO-III PARTE

RIOS DO PORTO- III PARTE

Aguardente (Manancial da)
Era um dos mananciais utilizados para abastecimento público da cidade. Localizado “no antigo Largo da Aguardente (actual Jardim do Marquês de Pombal), pertencia aos Padres Congregados do Oratório de S. Filipe, possuidores da brévia situada em frente da referida nascente. Em 1856 era seu possuinte o capitalista João Baptista Alves Braga” que residia próximo.
O Manancial da Aguardente abastecia a Fonte da Rua da Alegria e a Fonte Seca também conhecida por Terceira Fonte da Rua de Santa Catarina.



Aldoar (Ribeira de)
                Pequeno curso de água que banhava os terrenos onde, entretanto, foi erguido o Parque Ocidental da Cidade, mais conhecido apenas por Parque da Cidade, antes de desaguar no mar. Entubado, por força disso, dela subsistem apenas dois pequenos troços a céu aberto na Avenida da Boavista, próximo da Fundação Cupertino de Miranda e no Bairro de Aldoar.


Asprela (Ribeira da)
              Curso de água que nasce no Porto e segue em direcção a Matosinhos 
                Passando junto à Faculdade de Economia (Porto Sempre – Nº 25 – Página 10), é assim denominada pelo facto de a sua nascente ficar no antigo Lugar da Asprela.

Azenha (Rio da)
                Um dos regatos “que o povo chama rios”, da Freguesia de Paranhos  e cujo nome lhe vem do facto de correr no antigo Lugar da Azenha.


Barrocas (Rio das)

                Um dos regatos “que o povo chama rios”, da Freguesia de Paranhos, que Cunha e Freitas crê ter dado nome à Rua do Rio 


Batalha (Ribeiro da)
                Assim se designava o pequeno curso de agua que sepenteava pelo espaço que agora se designa por Praça da Batalha
                Ele é o regato que vem da porta de cima de vila” com o qual confrontava o Casal de Paio de Novais, conforma instrumento de apegação e vedoria de 24 de Março de 1616 


Bonjardim (Ribeiro do)
                Pequeno curso de água cuja nascente, pequena, (por isso Fontinha) ficava nas denominadas Pedreiras da Fontinha.
                Com a água do Ribeiro do Bonjardim se regava a Quinta do Laranjal “todos os domingos "desde as seis horas da tarde até segunda feira as seis horas da manham. E, no segundo domingo do mez, tem das seis horas de pela manham athé as seis horas da segunda feira pela manham. E em todas as quartas feiras desde as seis horas da tarde  athé as seis horas da quinta pela manham," isto para regar no tempo das regas” 
                O Ribeiro do Bonjardim, correndo a céu aberto, ia juntar-se a outros, mais ou menos em frente da Igreja dos Congregados, formando o conhecido Rio da Vila que, ainda hoje, corre encanado sob o piso da Rua de Mouzinho da Silveira e que também é denominado, em documentos antigos, por Rio da Cividade.



Campanhã (Rio de)
                É o nome pelo qual aparece referido o Rio Torto na Carta Topográfica da Cidade, executada em 1892 por Teles Ferreira. A Carta em questão sinaliza-o, serpenteando pelo vale de Campanhã e desaguando no Rio Douro, junto ao estremo poente do Palácio do Freixo, a nascente da foz do Rio Tinto. Da mesma forma o assinala a “Planta da Cidade do Porto referida ao Anno de 1903”
                O Rio de Campanhã corresponde ao Esteiro de Campanhã  referenciado pelo Padre Tavares Martins no seu trabalho A Paróquia de Santa Maria de Campanhã (Subsídios para uma Monografia), publicado em 1964 
                O Rio de Campanhã ou Caneiro de Campanhã corresponde ao Rio Conari mencionado no documento pelo qual D. Afonso Henriques, em 1138, confirmou e alargou ao bispo D. João Peculiar o couto do Porto. Mais não é que um ribeiro que “nasce nas fraldas occidentaes da serra de Vallongo,atravessa a estrada de Vallongo no sitio de Pontelhas, passa pela freguezia deFanzeres, entra na de S. Cosme, depois na de Campanhã, passando pelos logares de Furamontes, Gato, Faial, Granja, Palhota, e no seu ultimo curso, e na parte mais visinha ao Esteiro, onde se mette no Douro, é que tem o nome de Caneiro” .

Carros (Rio de)
                Citado num documento de 1120 quando refere um “portum de rivo de Carros” (antiga Portucale), este “rio de Carros deve ser o rio da vila, uma vez que se sabe que também ao pé desse rio ficava a porta de carros, séculos depois, mas que certamente recebeu do rio o seu nome” .
                Horácio Marçal é mais afirmativo e diz que ele tomou esse nome “desde que lá ergueram o Postigo ou Porta de Carros, em 1409… por correr no subsolo da dita porta, porta esta que igualmente deu o seu nome a uma rua e à Capela de Santo António (da Porta de Carros) edificada em meados do século XVII e substituída pela Igreja dos Congregados em 1680” 
“É sabido que o mesmo rio de carros também aparece denominado como rio da Vila e rio da Cividade”  

                                                                            Cont....

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