CEMITÉRIOS DO PORTO - III PARTE
Lapa (Cemitério da)
Autorizado por Portaria do Duque
de Bragança, datada de 24 de Julho de 1833, é o mais antigo da cidade. Composto de duas partes, a mais moderna foi solenemente
inaugurado a 22 de Abril de 1860: “Amanhã,
22 de Abril, inaugura-se o novo cemitério, que a irmandade de Nossa Senhora da
Lapa mandou construir junto do antigo”, publicita o jornal O Amigo do Povo de 21 de Abril de 1860.
É o mais antigo cemitério romântico português e o último cemitério
privado do país. Neste local de visita aprazível, de belas avenidas e canteiros
cuidados, verdadeira necrópole de vultos notáveis, repousam Camilo Castelo
Branco, Ferreira Borges, Soares de Passos, o sertanejo Silva Porto, Coronel
Pacheco, Alves da Veiga, o bispo Frei Manuel de Santa Inês, que o benzeu e a
fundadora do Hospital da Lapa (Luísa Joaquina Bruce), entre outros. O Cemitério
da Lapa é um autêntico museu de túmulos monumentais.
Junto ao jazigo da família
Freitas Fortuna, onde repousa Camilo Castelo Branco, está um padrão em honra do
Senhor da Boa Fortuna, um dos três existentes na cidade com esta invocação.
Estava inicialmente junto à Capela de Nossa Senhora das Dores e S. José na Rua de Augusto Rosa (o antigo edifício do Recolhimento do Postigo do Sol
hoje ocupado pela Universidade Lusófona e antes pela Universidade Moderna). Os
outros dois estão na Rua dos Caldeireiros e no Barredo onde continuam a merecer
o carinho e a devoção do povo.
Adjacente à Igreja da Lapa,da qual recebe o nome, localiza-se no Largo da Lapa. Faz
parte da Freguesia de Cedofeita. Em Junho de 2003 teve início o seu processo de
classificação, pelo IPPAR, como património nacional.