CEMITÉRIOS DO PORTO - CEMITÉRIO INGLÊS
Inglês (Cemitério)
O Cemitério Inglês “foi o primeiro verdadeiro cemitério
permanente e ao ar livre na cidade do Porto” cuja construção recua aos
últimos anos do século XVIII .
Dava ele sepultura “a
todos os protestantes, incluindo germânicos, holandeses, suíços e hanseáticos” .
Ocupa o espaço
de uma propriedade rural que foi do lavrador António José de Sá, conhecida por Campo da Feira de Baixo e também por Leira da Cortelha adquirida, em 1797,
pelo cônsul inglês de então John Whitehead, amigo pessoal de João de Almada.
Aqui esteve instalada, durante o Cerco do Porto, uma das fortificações das
tropas liberais: a Bateria do Cemitério dos Ingleses.
Numa reunião havida na Feitoria Inglesa, em 2 de Abril de 1798, “foi decidido que as sepulturas do cemitério
britânico portuense passariam a ser abertas, em sequência, da esquerda para
a direita e que uma lápide numerada com dois palmos de altura acima do solo, em
ardósia de Valongo, fosse colocada na cabeceira de cada sepultura, ficando uma
pedra com metade da dimensão aos pés” .
Erguido num terreno que foi
foreiro da Colegiada de Cedofeita, junto à Quinta da Torre de Pedro Sem, é também
conhecido por Cemitério dos Ingleses. Localiza-se
na Rua da Boa Nova junto ao Largo da Maternidade de Júlio Dinis (Freguesia de
Massarelos) que foi outrora Campo Pequeno e, no primeiro quartel do século XIX,
Largo dos Ingleses. Nele está sepultado, desde 1802, o autor do projecto da Praça
da Ribeira e do edifício da Feitoria
Inglesa, o cônsul John Whitehead.
Do cemitério faz parte a Igreja de Saint James. Construída entre
1815 e 1818, segundo risco do arquitecto Costa Lima, é “a mais antiga igreja inglesa no continente europeu” .
O Cemitério
Inglês guarda ainda algumas sepulturas de aviadores mortos durante a última
Grande Guerra. Ocupa o lado poente deste Largo onde se vê um elevado muro com
um amplo portão aberto em arco de meia volta.
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