DEMOGRAFIA PORTUENSE
Como sei que existe uma grande confusão em relação à população da cidade do Porto, quero esta semana dedicar-me a esta temática, assim como aos Bairros Sociais da cidade.
Pelos censos de 2011 o Porto tinha 247.560 habitantes, assim distribuídos:
Como podemos observar as três maiores freguesias a nível demográfico são:
Paranhos, com 44.298. Ramalde, com 38.012 e Campanhã com 32.659.
Mas nem sempre foi assim, ao longo do século XX, outras freguesias tiveram a primazia a nível populacional, mas com o processo de despovoamento que a cidade vive desde 1981, assistimos a uma perda de cerca de 1/3 da população nos últimos 30 anos.
Em 1981 a cidade tinha 330.199 habitantes, foi o n´vel mais elevado que o Porto atingiu a nível demográfico. A subida foi gradual ao longo do ´seculo XX, a tingindo no ano referido o seu zénite populacional.
Para terem um noção da quebra demográfico a que hoje assistimos, vamos ver a evolução da cidade ao longo da última centúria.
1900 - 167.955
1940 - 248.055
1960 - 303.424
1970 - 301.655
1981- 330.199 ( como já acima referi )
1991 - 307.600
2001 -265.710
2011 -247.560 ( como já acima referi )
Estes dados permitem aferir a longa sangria demográfica que o Porto sentiu, sendo esta população
literalmente expulsa para a periferia, como vamos ver no próximo capítulo deste tema.
Em 1900 a freguesia mais populosa era o Bonfim com 26.448, logo seguida de Cedofeita, com a mesma grandeza e a seguir Santo Ildefonso com 22.565.
Em 1940 o Cedofeita já tinha passado a dianteira ao Bonfim, mas ambos com cerca de 41.000 e Paranhos já surge em terceiro lugar com 34.498.
A partir daqui Paranhos toma a dianteira e também vamos assistir à lenta com contínua subida tanto de Ramalde, como de Campanhã que vão susbstituir as freguesias mais centrais como motores da dinâmica demográfica.
O que assistimos foi a uma lento esvaziamento demográfico do centro histórico ( nos últimos 30 anos, as quatro freguesias do chamado Centro Histórico passaram no seu conjunto de 30.000 habitantes para cerca de 10.000 actualmente. E o actual processo de gentrificação da população desta zona da cidade, ( Chama-se gentrificação (do inglês gentrification) ao fenómeno que afecta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios, valorizando a região e afetando a população de baixa renda local), permite nos concluir que o processo de declínio populacional ainda não terminou.
Mas para onde foi esta população? Porque as dinâmica populacionais estudadas permitem-nos perceber que inicialmente as populações foram expulsas do Centro Histórico e depois da chamada " Baixa", para as freguesias periféricas, mas dentro da urbe portuense, numa fase seguinte vamos assistir a que os filhos do Porto só conseguiram encontrar casa fora da cidade, sendo V.N. de Gaia o caso mais clássico de acolhimento desta população, o que fez com que o concelho de Gaia se tornasse o terceiro maior do país a seguir a Lisboa e Sintra.
Mas também, Gondomar, Maia, Matosinhos, Valongo e outro municípios viessem a absorver a sangria portuense.
Esse vai ser o próximo episódio deste temática.
Em 1981 a cidade tinha 330.199 habitantes, foi o n´vel mais elevado que o Porto atingiu a nível demográfico. A subida foi gradual ao longo do ´seculo XX, a tingindo no ano referido o seu zénite populacional.
Para terem um noção da quebra demográfico a que hoje assistimos, vamos ver a evolução da cidade ao longo da última centúria.
1900 - 167.955
1940 - 248.055
1960 - 303.424
1970 - 301.655
1981- 330.199 ( como já acima referi )
1991 - 307.600
2001 -265.710
2011 -247.560 ( como já acima referi )
Estes dados permitem aferir a longa sangria demográfica que o Porto sentiu, sendo esta população
literalmente expulsa para a periferia, como vamos ver no próximo capítulo deste tema.
Em 1900 a freguesia mais populosa era o Bonfim com 26.448, logo seguida de Cedofeita, com a mesma grandeza e a seguir Santo Ildefonso com 22.565.
Em 1940 o Cedofeita já tinha passado a dianteira ao Bonfim, mas ambos com cerca de 41.000 e Paranhos já surge em terceiro lugar com 34.498.
A partir daqui Paranhos toma a dianteira e também vamos assistir à lenta com contínua subida tanto de Ramalde, como de Campanhã que vão susbstituir as freguesias mais centrais como motores da dinâmica demográfica.
O que assistimos foi a uma lento esvaziamento demográfico do centro histórico ( nos últimos 30 anos, as quatro freguesias do chamado Centro Histórico passaram no seu conjunto de 30.000 habitantes para cerca de 10.000 actualmente. E o actual processo de gentrificação da população desta zona da cidade, ( Chama-se gentrificação (do inglês gentrification) ao fenómeno que afecta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios, valorizando a região e afetando a população de baixa renda local), permite nos concluir que o processo de declínio populacional ainda não terminou.
Mas para onde foi esta população? Porque as dinâmica populacionais estudadas permitem-nos perceber que inicialmente as populações foram expulsas do Centro Histórico e depois da chamada " Baixa", para as freguesias periféricas, mas dentro da urbe portuense, numa fase seguinte vamos assistir a que os filhos do Porto só conseguiram encontrar casa fora da cidade, sendo V.N. de Gaia o caso mais clássico de acolhimento desta população, o que fez com que o concelho de Gaia se tornasse o terceiro maior do país a seguir a Lisboa e Sintra.
Mas também, Gondomar, Maia, Matosinhos, Valongo e outro municípios viessem a absorver a sangria portuense.
Esse vai ser o próximo episódio deste temática.
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