ILSE LOSA
Ilse Lieblich Losa nasceu em Bauer, Hanôver,
Alemanha no dia 20
De Março de 1913.
Ilse Losa em jovem |
Frequentou escolas Osnabrük e em Hanôver onde
culmina os ensinos liceais.
Pelo facto de ser judia a sua família começou
a ter problemas com os nazis o que levou, em 1930, à saída para Inglaterra,
aqui trabalha durante um ano como preceptora.
Em 1934, e aproveitando o facto de Portugal
ser um país neutro, vem para o nosso país vindo a residir no Porto, de
salientar que o irmão mais velho, Fritz, já cá vivia, o que terá facilitado a
integração.
Vai para a Foz trabalhar, mais uma vez, com
crianças.
Conhece o arquitecto Arménio Losa (uma das
referencias da arquitectura modernista em Portugal), vindo a casar com ele em
1935.
Graças ao casamento adquire a nacionalidade
portuguesa e começa a frequentar os grupos intelectuais da cidade muito ligados
à oposição ao Estado Novo.
António Pedro, Dalila Rocha, Henrique Alves
Costa etc. …são alguns dos nomes dessas tertúlias.
Ilse Losa foi uma das primeiras mulheres a
frequentar os cafés do Porto, locais até aqui reservados ao elemento masculino.
Um dos cafés destas tertúlias era a Leitaria
Primor na Rua Dr. Magalhães Lemos, perto do Teatro Rivoli.
Em 1943 publica o seu primeiro livro, “O Mundo
em que Vivi”, começa a dedicar a sua atenção à literatura infantil, no que se
tornaria um dos grandes nomes, e em 1949 publica “ Faísca conta a sua
História”.
Seguem-se uma série de obras, de onde
sobressai, “ Rio sem Ponte” e “ Um Fidalgo de Pernas Curtas”.
A partir de 1960 começa a colaborar como
tradutora com a Editora Livros do Brasil.
Em 1962 edita “Sob Céus Estranhos”, um livro
obrigatório para quem conhecer o Porto que Ilse Losa encontrou, quando à cidade
chegou.
Nos anos oitenta publica “ Silka” e “ Na
Quinta das Cerejeiras”, recebendo o Prémio Gulbenkian de literatura Infantil.
Em 1988 Morre o arquitecto Arménio Losa e Ilse
recebe a Medalha de mérito da cidade do Porto.
As homenagens não param e desta vez é o seu
país natal, a Republica Federal Alemã a condecorá-la.
Em 1995 é galardoada pelo Goethe Institut e em
1998, publica “À Flor do Tempo”, onde reúne uma série de crónicas da sua
participação regular da imprensa escrita.
Este livro recebe O Grande Prémio APE.
Em 6 de Janeiro de 2006 morre na sua casa na
Foz, uma das mais importantes escritoras do século XX.
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