sexta-feira, 9 de março de 2018

Ilse Losa


ILSE LOSA

Ilse Lieblich Losa nasceu em Bauer, Hanôver, Alemanha no dia 20
De Março de 1913.
Ilse Losa em jovem
 Frequentou escolas Osnabrük e em Hanôver onde culmina os ensinos liceais.
Pelo facto de ser judia a sua família começou a ter problemas com os nazis o que levou, em 1930, à saída para Inglaterra, aqui trabalha durante um ano como preceptora.
Em 1934, e aproveitando o facto de Portugal ser um país neutro, vem para o nosso país vindo a residir no Porto, de salientar que o irmão mais velho, Fritz, já cá vivia, o que terá facilitado a integração.
Vai para a Foz trabalhar, mais uma vez, com crianças.
Conhece o arquitecto Arménio Losa (uma das referencias da arquitectura modernista em Portugal), vindo a casar com ele em 1935.
Graças ao casamento adquire a nacionalidade portuguesa e começa a frequentar os grupos intelectuais da cidade muito ligados à oposição ao Estado Novo.
António Pedro, Dalila Rocha, Henrique Alves Costa etc. …são alguns dos nomes dessas tertúlias.
Ilse Losa foi uma das primeiras mulheres a frequentar os cafés do Porto, locais até aqui reservados ao elemento masculino.
Um dos cafés destas tertúlias era a Leitaria Primor na Rua Dr. Magalhães Lemos, perto do Teatro Rivoli.
Em 1943 publica o seu primeiro livro, “O Mundo em que Vivi”, começa a dedicar a sua atenção à literatura infantil, no que se tornaria um dos grandes nomes, e em 1949 publica “ Faísca conta a sua História”.
Seguem-se uma série de obras, de onde sobressai, “ Rio sem Ponte” e “ Um Fidalgo de Pernas Curtas”.
A partir de 1960 começa a colaborar como tradutora com a Editora Livros do Brasil.
Em 1962 edita “Sob Céus Estranhos”, um livro obrigatório para quem conhecer o Porto que Ilse Losa encontrou, quando à cidade chegou.
Nos anos oitenta publica “ Silka” e “ Na Quinta das Cerejeiras”, recebendo o Prémio Gulbenkian de literatura Infantil.
Em 1988 Morre o arquitecto Arménio Losa e Ilse recebe a Medalha de mérito da cidade do Porto.
As homenagens não param e desta vez é o seu país natal, a Republica Federal Alemã a condecorá-la.
Em 1995 é galardoada pelo Goethe Institut e em 1998, publica “À Flor do Tempo”, onde reúne uma série de crónicas da sua participação regular da imprensa escrita.
Este livro recebe O Grande Prémio APE.
Em 6 de Janeiro de 2006 morre na sua casa na Foz, uma das mais importantes escritoras do século XX.



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