sábado, 10 de março de 2018

Sofia de Melo Breiner


SOFIA de MELLO BREINER


Sofia de Melo Breiner Andresen nasceu em 6 de Novembro de 1919 no Porto.
Contrariamente ao apregoado, Sophia não nasceu na Quinta Andresen, mas sim na Rua de António Cardoso nº 170, que fica a cerca de 200 metros da citada quinta, actual Jardim Botânico
Os seus pais João Henrique (III), e Maria Amélia Burnay de Mello Breyner, não quiseram viver na quinta dado esta ser bastante agitada o que não será de estranhar dado ser habitada por mais de cem pessoas (entre proprietários e rendeiros), no seu auge.
No entanto a Quinta Andresen foi o local privilegiado para as brincadeiras da jovem Sophia, juntamente com o seu primo, o futuro  escritor Ruben A.
Esta infância e estas brincadeiras num local tão emblemático como este vão povoar o imaginário poético e alguns dos personagens dos seus livros nasceram aqui.
Em Lisboa, Sophia ingressou no curso de Filologia Românica e apesar de pertencer à aristocracia portuense, com origens dinamarquesas, a poetisa vai pertencer aos movimentos contestatários ao Estado Novo e ao autoritarismo de Salazar.
Juntamente com o seu marido, o advogado, Francisco Sousa Tavares, vai fundar a “ Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos”.
“ A Fada Oriana “, “ A Menina do Mar”,  são dois dos seus livros mais famosos, e vão  tornar-se clássicos da literatura infantil, tornando-a uma das mais importantes autoras de literatura  infanto/juvenil do século XX.
A sua poesia está eivada de luz e a sua profunda cultura clássica, grego romana, também está bem patente na sua obra.
Sophia de Mello Breyner faleceu em 2 de Julho de 2004.
O jardim que a consagra fica perto da Praça da Galiza e defronte ao busto da poetisa galega Rosália de Castro.
O belo espaço verde está situado onde outrora existiu uma das mais conhecidas fábricas da cidade.
Existiu aqui a CUFP, Companhia União Fabril Portuense das Fábricas de Cervejas e Bebidas Refrigerantes, depois da fábrica se ter mudado em 1964 para Leça do Balio, ainda ficou no local uma cervejaria muito conhecida dos portuenses, que foi demolida para se construir a urbanização “ Mota Galiza”


“A minha vida é o mar o Abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita

Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará”
  








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